sexta-feira, 14 de março de 2008

O que é que um paulistano deve saber de poluição?


Em São Paulo a poluição atmosférica é provocada, basicamente, por duas fontes:


1) as estacionárias, que podemos exemplificar com as chaminés das fábricas, a queima de óleo crú nas indústrias e os incineradores domésticos;
2) fontes móveis que são os diversos meios de transporte, dos quais os caminhões, ônibus e automóveis são de longe os mais significativos.


Ao contrário das metrópoles situadas em regiões frias, onde a população é obrigada a aquecer seus lares e, portanto, a poluição por fontes estacionárias é a mais importante, nos grandes centros urbanos tropicais e subtropicais, mesmo naqueles muito industrializados como São Paulo, as fontes móveis são as mais responsáveis pela poluição. Poderão exisitir variações localizadas, pois a poluição do ar em uma cidade apresenta desigualdades, é em mosaico: alguns bairros são mais salubres, outros menos, há aqueles que têm grandes fábricas aonde poderão dominar as fontes estacionárias etc..., contudo a poluição geral, aquele manto marrom que cobre a cidade é causado pelas fontes móveis.

Quem morar na proximidade de uma indústria poderá sofrer por uma variedade muito grande de tóxicos. Cada fonte geradora tem as suas peculiariedades e é difícil de abordar todas elas.

O que mais interessa são os problemas trazidos pelos gases de escapamento de aproximadamente cinco milhões de veículos, que circulam pelas ruas da cidade.
Espalhados pela cidade, temos grandes mostradores que indicam a qualidade do ar em diversos bairros:

Boa
Aceitável
Inadequada
Ruim
Péssima
Crítica


Inversão Térmica


São nos meses de inverno que estes relógios mostram os piores resultados, isto porque é nesta época do ano que ocorrem os episódios de inversão térmica em São Paulo.

A Poluição Atmosférica Provoca Doenças?


Sim, a poluição atmosférica provoca doenças em milhões de pessoas (na terra toda provavelmente a 2 bilhões) e causa um prejuízo econômico gigantesco ao mercado de trabalho. Entretanto, não aparece nas estatísticas porque poucas vezes é pego em flagrante.E' um criminoso extremamente hábil: deixa pistas sutís que só o melhor dos detectives consegue detectar. Ela ataca as pessoas mais frágeis, crianças, idosos e doentes com problemas pulmonares e cardíacos, que podem até morrer em conseqüência de doenças agravadas pela poluição. Nem o estetoscópio, nem o bisturi e nem mesmo os instrumentos de autópsia conseguem flagrar a poluição.

Somente um estudo específico, com pessoas muito bem treinadas para esse fim, permite correlacionar os níveis de poluição com a incidência das doenças e com as curvas de mortalidade e, assim, apontar a mão que deu o golpe de misericórdia no doente. Por enquanto, no Brasil, são as cardiopatias e as pneumopatias que aparecem nos atestados de óbito. Em outros países a poluição aparece nos documentos médicos. No pior desastre ocorrido em Londres na década dos 50, em torno de 4.000 pessoas morreram em conseqüência da péssima qualidade do ar. Tratava-se de uma população vulnerável à poluição, como explicado anteriormente.
Uma coisa parece garantida: a população inteira da região metropolitana de São Paulo sofre os efeitos e apresenta alguma vez doenças próprias da poluição atmosférica.



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